O que aconteceu
Na cerimônia de iniciação cultural ultracelebrada Xhosa, conhecida como Ulwaluko, 39 adolescentes perderam a vida e dezenas ficaram mutilados. A tragédia ocorreu em escolas de iniciação não regulamentadas, realizadas durante este verão africano.
Como o ritual foi fatal
Essas cerimônias são conduzidas por curandeiros tradicionais não qualificados, em escolas ilegais, usando instrumentos como facas e lanças sem esterilização. Entre os males sentidos pelos jovens estão sepse, gangrena, desidratação, amputações e óbitos.
Impacto e decadência
Embora o número de mortes tenha caído em relação ao ano anterior (eram 93 em 2024), 361 jovens morreram nos últimos cinco anos. Ainda assim, o governo sul-africano mantém tolerância zero a essas escolas ilegais, prometendo fechamentos e penalização dos responsáveis.
Resposta das autoridades
O ministro Velenkosini Hlabisi garantiu que qualquer instituição não licenciada será imediatamente fechada com apoio da polícia. Após denúncias e colaborações com líderes culturais como Desmond Tutu, cresce a pressão por integração de profissionais de saúde nessas cerimônias.
Tradição em transformação
A busca agora é encontrar um ponto de equilíbrio: preservar a cultura, sem ignorar os perigos reais. Especialistas propõem que ritos tradicionais sejam modernizados – como com pré-inscrição em programas oficiais e supervisão médica para proteger os jovens sem descaracterizar a identidade cultural.