Quem é
Ana Lúcia Ferreira, conhecida como “Ana Paraguaya” ou “Ana Paraguaia”, de 41 anos, foi presa em Taubaté (SP), acusada de ser o elo central na negociação de armas e drogas entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
Como atuava
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Alimentava uma logística montada a partir de Ponta Porã (MS), rota estratégica na fronteira com o Paraguai.
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Garantia o transporte e distribuição de carregamentos com armas pesadas e drogas para comunidades do Complexo do Alemão, no Rio.
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Sua operação incluía empresas de fachada, contas bancárias de laranjas e uso de veículos importados para disfarçar o fluxo de bilhões de reais.
Relações e poder
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Ex-mulher de Elton Leonel da Silva – o “Galã”, ex-chefe do PCC – manteve influência mesmo após a prisão dele em 2018.
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Também teve relacionamento com Fhillip da Silva Gregório, o “Professor”, líder do CV no Alemão até sua morte em junho.
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Movimentou mais de R$ 250 milhões entre 2020 e 2022, segundo investigações.
Flagrante e logística financeira
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Presa durante a Operação Bella Ciao, que cumpriu 2 mandados de prisão e 57 de busca e apreensão em quatro estados.
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Em seu apartamento milionário foram encontrados documentos, joias, veículos importados e R$ 250 milhões em movimentações suspeitas.
Contexto de poder
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Ana se destacava por sua habilidade em costurar acordos entre facções: não era apenas fornecedora, mas articuladora da rota interestadual que ligava MS, SP e RJ.
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Sua prisão marca um golpe na estrutura logística do tráfico, mas as diligências seguem em busca de comparsas e recursos espalhados.