Na quarta-feira (25), a Câmara dos Deputados aprovou a revogação do decreto presidencial que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com placar de 383 votos a favor e 98 contra. A medida agora segue para análise no Senado.
A bancada federal da Bahia, com 39 parlamentares, apresentou divisão expressiva: 24 deputados votaram a favor da revogação, 11 votaram contra e 4 não participaram da votação. Entre os favoráveis estão nomes de destaque, como Adolfo Viana (PSDB), Alex Santana (Republicanos), Capitão Alden (PL) e Otto Alencar Filho (PSD). Já os contrários incluem lideranças da oposição, como Alice Portugal (PCdoB), Ivoneide Caetano (PT) e Jorge Solla (PT).
A votação derruba os decretos do governo Lula que elevavam o IOF, considerados uma forma de compensar ajustes fiscais. Parlamentares do PT, PCdoB, PV e PSB baianos mantiveram oposição, defendendo que o imposto promovia justiça fiscal e contribuía para políticas sociais. Já deputados de partidos como PSD, PP, Republicanos, União Brasil e PDT votaram pela revogação.
Além de refletir dissenso ideológico, a votação destaca briga interna em partidos como o PSD que, embora governista, teve seus seis deputados baianos votando em bloco pela derrubada, sinalizando divergências com o Palácio do Planalto.
O próximo passo é a análise do texto no Senado, que deve ocorrer ainda esta semana. Caso aprovado, o decreto perderá seus efeitos, mantendo as alíquotas anteriores ao aumento.